A pintura naïve não é nacional da Croácia - é uma corrente ou um estilo mais ou menos primitivo que se encontra por toda a parte, desde os esquimós do Ártico às gravuras japonesas. Mas há, ou houve, na Croácia uma escola reputada, muito produtiva e incentivada por nacionalismo, de pintura naïve. Apercebi-me, quando lá estive, que eram objecto de 'culto' orgulhoso, um pouco incómodo; agora, à distância, sem culto, reconheço uma arte diferente que é pouco apreciada na Europa. Curioso, num país vizinho de Itália e do centro da Europa, ter surgido um estilo tão desalinhado.
Generalič, pai e filho
Ivan Generalič(1914-1992) e o filho Josip (1936-2004) exibem uma idealização lírica da vida campestre. A forma como representam a vegetação lembra a geometria fractal.
Ivan Generalič, Cervo Branco, 1856.
Outono, 1946.
Paisagem, 1956.
Josip Generalič, Campo de trigo, 1981
Ivan Rabuzin (1921 – 2008), também natural da Croácia, só começou a pintar aos 35 anos. Foi ainda mais longe na estlização da Natureza, usando os padrões geométricos de simetria e repetição em paisagens de fantasia e cores surpreendentes.
Floresta nos montes, 1960.
Dois Arbustos, 1973.
Rabuzin parece previlegiar o círculo/esfera nas suas paisagens, onde figuram "bolinhas" de nuvens, colinas, árvores e flores; simetria e outras geometrias exprimem uma ideia de ordem, paz e harmonia, num todo algo "simplório" (naïf !) onde colorido e composoção criam um bonito mundo de fantasia. Infantil?
E um dos meus favoritos:
Abraço às Nuvens.
2 comentários:
Sou um grande apreciador da pintura naif (quando não é excessivamente naif!!). Estes quadros são muito bonitos. Temos em Portugal pelo menos um pintor naif com obras surpreendentes - Manuel Castro.
Parabéns, Fanático_Um, pelo seu milhão de visitas! Longa vida ao blog http://fanaticosdaopera.blogspot.com , e muita boa Ópera para os tempos que vêm.
[Tentei lá colocar nos comentários mas mais uma vez falhei.]
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