Sem saber ainda quantos concertos terão de ser cancelados :(( foi finalmente divulgada a programação da Casa para 2021. Pensei até que não haveria programação fixa, mas afinal há assinaturas e tudo.
Dentro do anedótico, o país da dedicação anual é desta vez a Itália, sem que se perceba bem porquê; só se foi pretexto para inserir uns tantos concertos com Berio e Nono, de resto o ciclo de Sinfonias em 2021 está dedicado a Sibelius, nos antípodas mais nórdicos da Europa, e Mozart domina a programação. Sempre há algum Corelli e algum Paganini, mas coisa pouca.
Foi portanto rápido e fácil fazer a selecção do que valerá a pena, na minha humilde opinião, claro. A orquestra é sempre a da Casa, o côro também.
[CANCELADOS]
Mozart com Fabio Biondi (direcção e violino), 17/01 - Sinfonias nº 10, 11 e 13, e outras obras. Promete.
Mozart, agora com direcção de Christian Zacharias, 29/01
- Sinfonia Linz, nº 36
Beethoven, música de bailado Prometeu, 12/03
- em versão de concerto
Bach e Vivaldi com Andreas Scholl, 31/03
- Cantatas de Bach, concerto para violoncelo e Stabat Mater de Vivaldi, certamente um dos mais promissores concertos; Filipe Quaresma no violoncelo.
Sibelius, dir. Stefan Blunier, 10/4
- Sinfonia nº3
Canções Nórdicas, dir. côro Sofi Jannin, 9/5
- Outro programa nos antípodas de Itália, mas que pode ser uma boa surpresa. A capella, tradicionais, Sibelius, Rautavaara...
Mozart de novo, com Christian Zacharias, 21/05
- Concerto para piano nº 12, um dos mais belos, imperdível.
Sibelius, dir. Arvo Volmer, com Viviane Hagner (vl), 18/06
- Concerto para violino e Sinfonia nº5 , outro dos pontos altos da programação.
Grieg e Sibelius, dir. Joseh Swensen, 24/09
- Noite nórdica: Peer Gynt, En Saga, Sinfonia nº 6
Concerto Barroco com Pieter Wispelwey (vc), 05/11
- Vivaldi, Corelli, Geminiani, finalmente um aroma de Itália, e ainda Handel e Haydn; Wispelwey é um excelente violoncelista. Uma festa em Novembro, já com todos vacinados e sem máscara...
Ha ainda uns rotineiros Requiem de Mozart, Exultate Jubilate, Oratória de Natal de Bach, uma 'Gala de Ópera' com probabilidades de desastre, sem nada que recomende peças já ouvidas em melhores dias.
Deixo uma canção nórdica, na versão de Alfvén :