Sábado, a Academy of Ancient Music com a soprano Carolyn Sampson; domingo, a Akademie für Alte Musik de Berlim. Ambos com um programa baseado em peças de Purcell e Händel. Uma benesse que tão cedo não se repetirá na Casa da Música.
A Academy de Cambridge apareceu em formato reduzido. Como já seria de esperar, o seu forte são os sopros, magníficos, e foram temas onde oboé e trompete se salientaram que marcaram o melhor da noite, nas árias onde a voz ágil e limpa de Carolyn Sampson deu o seu melhor, em diálogo com esses dois instrumentos: Hark the echoing air (da Fairy Queen) e Let the bright Seraphin (Samsão de Händel) . Momentos de uma perfeição inesquecível, mas o Lamento de Dido foi também sublime, cantado com tanto empenho e intensidade que fez esquecer a pouca extensão da voz de Sampson.
A Akademie de Berlim tem uma sonoridade muito mais sumptuosa, e pratica mais abundantemente a agógica barroca. A afinação é mais cuidada, as cordas de melhor qualidade. Assim , paradoxalmente, foram os alemães a proporcionar um Händel mais festivo e luxuriante.
Pronto, acabou assim em beleza barroca a minha temporada 2009. Não seja 2010 pior...
Carolyn Sampson canta Händel nos Proms 2009
domingo, 15 de novembro de 2009
Fim de semana de luxo na CM: Purcell e Händel
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário