Quando está de acordo com as notas do compositor, e a voz é límpida e capaz, o vibrato pode adicionar valia à música, como aqui fica documentado.
A ária é "Angels! Ever bright and fair" da Theodora de Haendel; escolhi propositadamente uma obra barroca - seria fácil demais com Rossini ou Wagner; primeiro, canta Dawn Upshaw.
Angels! Ever bright and fair,
Take, oh take me to your care.
Speed to your own courts my flight
clad in robes of virgin white
Recitative and aria "Oh, worse than death indeed!Angels, ever bright and fair"
Dawn Upshaw, Glyndebourne, Dir. Wlliam Christie
Agora, uma voz de outra era: Isobel Baillie, soprano escocesa admirada pela seu timbre cristalino - deu mais de 1000 récitas do Messias! E gravou o Requiem de Brahms com ... Toscanini!
Isobel Baillie, grav. 1928 - Angels Ever Bright and Fair
A mesma ária cantada por Lorraine Hunt vai bem mais longe que qualquer destas, e para mim é uma das poucas vezes em que a perfeição absoluta foi conseguida pelo canto da voz humana. O seu vibrato também é imaculadamente belo e elegante. Crime não conhecer.
domingo, 11 de outubro de 2009
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2 comentários:
Estou consigo em qualquer um dos dois casos é um vibratto perfeitamente enquadrado na obra. Já a encenação do primeiro ... sim sei que não é isso que estava em causa :-). Eu gosto de um vibratto moderado em alguns casos mesmo em obras barrocas, mas admito que se prefira uma voz "plana". Era por acaso interessante ouvir a mesma área cantada sem vibratto.
Caro Fernando,
Não conheço nenhuma versão sem vibrato. Em qualquer caso, a de Lorraine Hunt é mais contida, até porque se pode dar ao luxo de outras fioraturas.
Vou procurar outras árias em que se possa fazer esse confronto.
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