quarta-feira, 30 de junho de 2010

Uma noite de verão ártica

(post de prenda a mim próprio)

Quais 1001 noites árabes, quais noites de Verão tropicais ou algarvias! Mágicas, sim são estas - as do ártico. A foto é de um blog que costumo seguir, Kuummiut, de Carl Skou, onde há muitas mais da costa leste da Gronelândia, onde ele vive.

As noites luminosas são feéricas, o cenário é o de uma cascata de casinhas multicoloridas descendo a encosta ate à baía do Ártico; eu com certeza não adormecia, passava toda a noite embasbacado e a sonhar com viver ali...

De facto esta será a melhor altura do ano, os primeiros dias de verão, com algumas florzitas a abrir botões entre o gelo e o sol a permitir vida de esplanada e excursões de trenó ou kayak. Há quem coma gelados.

Quanto a qualidade de vida, não falta quase nada; um território imenso com 56 000 habitantes, um PNB de 1 200 milhões de dólares que dá 20 000 per capita, o que é perfeitamente europeu e mesmo melhor que o português. O IDH é 0.927, este bem acima do nosso.

Quem me segue desde o princípio já conhece esta minha atracção. Só mais algumas imagens clicáveis:

Ittoqqortoormiit, na costa leste

Noite de verão com lua...

Baía de Ammassalik

Aldeia de Qasigiannguit, já na costa oeste

Nuuk, a capital !

Fotos que evidentemente não são minhas: Flickr, Picasa, Panoramio, PBase, TrekEarth, Arcticphoto

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Deambulações nocturnas:

Uma Lua espectacular

Hoje esteve mais calor e o passeio da tarde (mais longo) deixou-me de rastos: ainda estou muito fraco. Também me quis pôr à prova para poder colocar todas as queixas na próxima consulta.

Ontem à noite dei uma voltinha mais curta e apanhei logo às 10h uma lua cheia óptima. Fotos péssimas, é o que se pode. Depois voltei para casa e fartei-me de rir com o post do The Rest is Noise e o vídeo do Persephassa de Xenakis. Foi preciso Bach e Mahler para se chegar a isto - uma batucada sem jeito de meia hora com os turistas de barquinho a fazer de papalvos com as multi-estereofonias. Bola "PRETA."

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Solveig's song, do Peer Gynt, de Grieg

Lucia Popp e as outras

Só hoje reparei que nunca aqui inseri uma Solveig's song, dessa obra linda mas trágica que é o Peer Gynt de Grieg.

Há anos que admiro a versão de Lucia Popp, há anos que persigo pela Europa um concerto que inclua o Peer Gynt e é sempre um (meio) desgosto: ninguém chega aos pés de Lucia Popp. Mattila é a candidata mais séria, mas falta-lhe um pingo de emoção na voz, Bonney pelo contrário é doce e envolvente mas tem uma voz pequena que não entusiasma. Anna Netrebko devia dedicar-se à pesca. Agora surgiu a Marita Solberg, que consegue quase tudo perfeito menos umas respirações fora do sítio, mas é a que mais me agrada - ouve-se no Mezzo.

Já fui até Glasgow, ao Royal Concert Hall, em 2007, para tentar ouvir uma versão decente: nem saí satisfeito com a voz, nem com a direcção da orquestra insuportável; já estive no Central Park de Nova Iorque, por acaso, em dia de Verão com concerto ao ar livre - barrete.

Devo esclarecer que a verdadeira paixão cá em casa nem é minha...mas acompanho com gosto !

Está visto, tenho de programar Bergen outra vez!

Cá vão cinco; querem votar de 1 a 5?

1 - Lucia Popp

2 - Barbara Bonney

3 - Karita Mattila

4 - Anna Netrebko

5 - Marita Solberg

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Deambulações terapêuticas

O meu médico não me recomendou tratamentos de fisioterapia, só disse: sentado, 20 minutos no máximo ; de resto, de pé ou deitado. Caminhar, caminhar, caminhar. Conduzir, nem pensar. Coluna direita, nem curvar nem torcer.

Não sei se estão a ver o que isto é para um sedentário. Ler a pé é impossível - vou lendo em curtas sessões de 20 min. Andar, dou uns passitos titubeantes em casa com o walkman no bolso enquanto ouço música - fiz regra de andar sempre até o CD acabar. Por vezes já com dores. Benditos walkman, 10000 x melhores que ipods. Quanto ao PC e aos blogs, nem vão acreditar: arranjei um topo de um armarinho com cerca de 1 m.20 de altura para servir de prateleira, pus lá o meu portátil + pequenito, e passo facilmente 30 min de pé que posso alternar com 2o min. sentado! Só as gralhas ao teclar é que são muitas. Depois tomo 1 ou 1/2 valium para relaxar a musculação e durmo até ao lanche, a minha refeição preferida. À noite, adormeço de novo com música nos auriculares.

Novos progressos: já saio lá fora; comecei por ir dar umas voltas na garagem , mas agora faço um percurso ao ar livre sobre piso lisinho (essencial - nada de pedrinhas e paralelos), 4-degraus-4, que subo e desço, protegido da nortada e levo a máquina fotográfica para o que der e vier. Gatos, por exemplo, o bicho mais fotogénico do mundo. Ou efeitos de luz.

A última aventura, que Toutatis me perdoe, foi ir ao merceeiro comprar couve cegada para o caldo verde de S. João. Imaginam isto? Ao que chega o objectivo de uma alma humana? O pior, o mais humilhante, o mais ridículo, foi chegar a casa com um sorriso de vitória: "Vês como consegui? Nem foi difícil!". ;)

Isto não interessa nada a ninguém, mas como 2 ou 3 amigos me convidaram a continuar a falar das minhas maleitas, cá vão uma fotos dos meus percursos:

gato

beira-mar

natureza morta (em casa)



Mais uma vez peço desculpa por estes posts egocêntricos a quem eles nada interessem. Mas ando a dar mais atenção às coisas por onde passo.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Solstício de Verão

Nem sempre o Verão merece celebração, mas como neste momento são 21h15 e o sol acaba de pintar um horizonte vermelho sobre o mar, e ainda consigo escrever sem luz eléctrica, enquanto ouço o 1º movimento da 6ª de Mahler (o mais feliz da sua obra, talvez) por Valery Gergiev, resolvi deixar um pequeno tributo fotográfico ao solstício:

Na minha varanda:

As estacas de protecção das dunas há pouco mais de meia hora:

Efeitos do sol tardio pelas 9 h na minha janela:

Pronto, fez-se noite. Por esta hora, os jogadores da Coreia do Norte estarão com as vidas desgraçadas.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Saramago e eu ( antes que seja tarde)

A morte de José Saramago tem em mim o mesmo efeito que a morte de qualquer outra pessoa ilustre que não conheço e com quem não simpatizo: não vou chorar a perda nem fazer declarações de insubstituibilidade, nem inscrevê-lo em nenhum panteão. Vou respeitar a obra, admirar o que é de admirar na justa medida (nobel irrelevante) , manter perto de mim e reler os livros de que gostei e afastar os outros. José Saramago escreveu muito bem, escreveu assim-assim e escreveu muito mal.

O mais difícil para mim é tratar da pessoa e não da obra. Eu sei que Jorge de Sena, Fernando Pessoa ou Dario Fo não ficaram conhecidos por simpatia e amabilidade. Sei que muitos outros foram abertamente más pessoas. Mas estão longe de mim no tempo e no espaço. Saramago fez parte da minha história, viveu o meu tempo e o meu país, interveio na minha vida pois interveio na vida pública. Foi ateu militante, com o que eu até poderia simpatizar. Só que a cegueira sobre a qual escreveu NÃO é aquela de que ele padecia: não percebia nada do mundo que o rodeava (também era um poeta, afinal) mas aderiu a um dogma fácil que lhe forneceu receitas para tudo, respostas descabidas e antipáticas, e a torre de marfim onde se isolou é afinal a mesma onde se isolam os restinhos de estalinistas por esse mundo fora.

Vou talvez receber um coro de protestos, mas não queria deixar mal-entendidos: Saramago tinha a sua dignidade e honra, a sua verdade e os seus valores, não abdicou. Eu teria por ele outro sentir se tivesse ouvido dele palavras de humanidade sentida, de reconhecimento por enganos do passado, de reconciliação com coisas simples deste mundo, de um respeito mais próximo da afeição pelos outros.

Não é fácil chorar alguém que na vida só parece ter chorado a sorte dos "espoliados" e clamado contra a sorte dos "ricos", como se as coisas fossem assim tão toscas e de fácil solução. Há aí muitos e bons escritores a lembrar quanto mais complexa é a natureza humana. Assim, até o ateísmo dele está envenenado por um paradigma de pensamento unidimensional.

Leia-se Saramago. Pobre Saramago.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

"Tiger, tiger" - William Blake

De um dos patronos do Livro de Areia, William Blake (1757–1827 ), um dos grandes poemas para a eternidade:

The Tiger

Tiger, tiger, burning bright
In the forests of the night,
What immortal hand or eye
Could frame thy fearful symmetry?

In what distant deeps or skies
Burnt the fire of thine eyes?
On what wings dare he aspire?
What the hand dare seize the fire?

And what shoulder and what art
Could twist the sinews of thy heart?
And when thy heart began to beat,
What dread hand and what dread feet?

What the hammer? what the chain?
In what furnace was thy brain?
What the anvil? What dread grasp
Dare its deadly terrors clasp?

When the stars threw down their spears,
And water'd heaven with their tears,
Did He smile His work to see?
Did He who made the lamb make thee?

Tiger, tiger, burning bright
In the forests of the night,
What immortal hand or eye
Dare frame thy fearful symmetry?

What hand, indeed, dear Blake? The same that guided you writing the poem? M.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Obras menos conhecidas:

A guitarra de Niccolò Paganini

Dentro do tema "obras menos conhecidas", escandaliza-me o quão pouco se tocam e ouvem as obras de Paganini para guitarra solo, instrumento em que ele era pelo menos tão virtuoso como no violino. Centenas de sonatas passam às vezes despercebidas na Antena 2 para "encher tempo". Algumas obras são básicas, mas há tantas obras primas ! Sou mais sensível porque a guitarra clássica é o únco instrumento de que consigo tirar algum magro proveito (jamais me verão no youtube!); mas o que Paganini fazia era alucinante. Quase nada se encontra na net ou à venda; os grandes guitarristas modernos - Julian Bream, John Williams, Goran Sollscher, Pepe Romero, Narciso Yepes - fugiam dePaganini como o diabo da cruz. Resultado: só tenho uma integral, a de Frédéric Zigante, por sinal bem boa, na ARTS Music em 5 volumes. Agradeço outras referências.

Se alguém tem crianças a aprender guitarra, não deixe de as seduzir para Paganini; no Youtube até há gente tatuada do heavy-metal a tocá-lo com a distorção ao máximo !

A minha pobre homenagem fica por testemunhos pouco mais que medianos:

A eterna Grande Sonata por Ana Vidovic:


Sonata No 9 M.S. 84, Max Anisimov

A guitarra é considerada um parente pobre da música clássica, pois não tem aproveitamento como instrumento orquestral; só faz figura a solo ou em duetos concertantes, em pequenas salas: mas tem a seu favor a extensão da escala e a produção harmónica que só um piano pode ultrapassar, e que lhe permite ser auto-suficiente no contraponto. Em tudo isto, Paganini foi mais longe que nenhum outro; uma vez por outra, não ouçam só o seu violino !

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Ler e reler: quatro tesourinhos


Há pouco pus-me aqui a dizer mal do excesso de livros publicados e sobretudo amontoados em minha casa.

Como contraponto, eu tinha a rubrica "Ler e Reler", que não tenciono abandonar, mas me dá muito trabalho.

Resolvi assim começar a fazer a apologia dos livrinhos de que nunca haverei de me separar, reduzindo ao mínimo os comentários.

Começo por Alistair Maclean, un inglês especialista em policiais, que esteve na origem de 3 grandes filmes: Os Canhões de Navarone, Ice Station Zebra ou When Eagles Dare. Mas o meu livrinho é "Bear Island ", de 1971, que começa:

"To even the least sensitive and perceptive beholder the Morning Rose, at this stage of her long and highly chequered career, must have seemed ill-named, for if ever a vessel could fairly have been said to be approaching, if not actually arrived at, the sunset of her days it was this one. Officially designated an Arctic Steam Trawler, the Morning Rose, 560 gross tons, 173 feet in length, 30 in beam and with a draught, unladen but fully provisioned with fuel and water, of 14.3 feet, had, in fact, been launched from the Jarrow slipways as far back as 1926, the year of the General Strike.
The Morning Rose, then, was far gone beyond the superannuation watershed; she was slow, creaking, unstable, and coming apart at the seams. So were Captain Imrie and Mr. Stokes."

Ninguém resiste a um inglês assim. A aventura passa-se convenientemente numa das ilhas misteriosas do ártico - a "Ilha dos Ursos" - repleta de locais inesperados.

Continuo com um dos livros mais cómicos dos últimos tempos: "Un si léger Cauchemar" (2007), de Roger-Pol Droit, um ensaísta e divulgador francês jornalista do Le Monde. Mistura de romanesco e manicómio, onde o autor traça um retrato psicótico dos dias presentes com muito humor e imaginação: a invenção de um gel para fixar solidamente a passagem do tempo, o leilão dos pontos e vírgulas de Voltaire...não conto mais. Algo entre Kafka e Woody Allen passando por Borges.

ex: Guevara en Finlande:

"Ce documentaire n'a pas encore été diffusé. (...) Le film motre que le Che n'est pas mort, contrairement à ce que tout le monde croit. Il vit paisiblement, en retraité modeste, dans la grande banlieue d'Helsinki. Il soufffre d'un considérable embonpoint, de crises d'asthme et parfois de migraines oculaires. les cheveux teints de blond, le visage imberbe, il est méconnaissable."

Outro nível - o da obra prima - é o de "Tales of Terror and Mystery" (Penguin 1977) de Conan Doyle. Nada a ver com Sherlock Holmes: aqui abordamos os limites do conhecimento da humanidade, deixando abertos abismos de ignorância. Podemos hoje sorrir de muita da ingenuidade, mas a escrita empolga e agarra o leitor. O primeiro conto, "The horror of the heights" consegue esse milagre de nos intrigar numa exploração hoje trivial:

"The idea that the extraordinary narrative which has been called the Joyce-Armstrong Fragment is an elaborate practical joke evolved by some unknown person, cursed by a perverted and sinister sense of humour, has now been abandoned by all who have examined the matter. The most macabre and imaginative of plotters would hesitate before linking his morbid fancies with the unquestioned and tragic facts which reinforce the statement. Though the assertions contained in it are amazing and even monstrous, it is none the less forcing itself upon the general intelligence that they are true, and that we must readjust our ideas to the new situation.
This world of ours appears to be separated by a slight and precarious margin of safety from a most singular and unexpected danger. "

O conto "The Japanned Box" é irresistível e aterrador ;)

Finalmente, uma preciosidade portuguesa de que não me separaria por nada deste mundo: "Árvores de Portugal e Europa", ed Planeta-Árvores 2005, guia FAPAS, vários autores.

Tudo sobre as árvores que podemos encontrar pelo caminho, com dados botânicos, fotografia várias e informaçoes complementares. Imprescindível na ida ao parque (qualquer parque) ou ao interior, onde há sempre uma floresta à nossa espera. E então saindo de Portugal...




Todos ainda à venda.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

1,2,3,4,5,6,7,8

Um clássico. Um marco. Uma ideia de génio. Agora parece já tão velhinho...



Knee Play 1, Einstein on the beach, Phillip Glass

As palavras ditas em fundo são apenas "fonemas" sem significado, bocados de conversas de gente vulgar. O que tragicamente me lembrou esta gravação foi que muitos terão que voltar a dar atenção aos trocos, contar as moedinhas, 1 -2 -3 -4 -5 -...cada cêntimo que conta no fim do mês.

Uma nova leitura "crise - 2010" , rever um clássico mas agora com uma tristeza sem fim .

"So these are the days, my friends; all these are the days my friends". Phillip Glass

domingo, 6 de junho de 2010

crónica delirante

deus mora num hospital às 3 da madrugada

No meio de ais e uis do pós-operatório, os sedativos davam-me intervalos de paz. Numa das piores noites, farto de me remexer na cama (sempre com o cuidado de não torcer as costas), levantei-me cambaleante, abri a porta e vim ver o mundo normal cá fora.

Banho de luz suave, corredores azuis nas quatro direcções , com alguns carrinhos de material arrumados de quando em quando. Silêncio absoluto. Conforme recomendação prévia, caminhei erguido e a passo lento uns metros naquele ambiente quase sagrado. A dor estava lá, mas menos presente, distraída. Ouvi uns fru-frus: um enfermeiro saira do balcão da noite a ver quem era. Acenei um OK. Mais uns 20 m, e já estava na altura de me sentar - fui à sala de espera, deserta, tão limpa, e com cadeiras de braços - como eu precisava - e com buraco na parte de baixo do encosto para as nádegas - como eu precisava. A manobra de sentar demora sempre 30 s mais uns ais e uns uis. Ah, a máquina de café era Lavazza, será possível?

Finalmente relaxado, deixei a cabeça passear por onde lhe apetecesse. E o que me surgiu tão presente, tão irrefutável, foi a bondade, a protecção, a dedicação de que eu era alvo naqueles corredores azuis à média luz. Eu, o 430, e todos os outros, estávamos sob cuidado de uma equipa cujo único propósito era minorar o sofrimento e fazer-nos passar o melhor possível. Ao toque de uma tecla, vinham pressurosos mudar-nos de posição, dar talvez mais uma porçãozinha de sedativo, calçar umas meias ou ceder os ombros para que nos pudéssemos apoiar. Sempre sorrindo, sempre vagarosamente. Um gelo para as costas, uma manta que tenho frio.

O enfermeiro de há pouco aproximou-se vagarosamente, talvez intrigado - este nem com Valium dorme , já passa das 3 ? Começamos a conversar. Não sei se dá para acreditar, mas estivemos para ali a contar as nosssas vidas. Ao fim, já com sonito, levantei-me apoiado nele e regressei à cama. Não sei de mais nada.

Já de manhã, veio-me perguntar, então, dormiu bem? Passei lá pouco depois e estava tão sossegado...

Por isso é que eu digo: esse tal deus, é capaz de existir: mora num hospital às 3 da madrugada.

Enfermeira Rita, enfermeiro Fernando, enfermeira Raquel, a recibos verdes, o que vocês fazem vale o vosso peso em ouro.

NOTA: este é um post estranho e circunstancial. Não gosto de olhar tanto para o meu umbigo. Não tenciono voltar a maçar ninguém com o assunto.