sábado, 29 de janeiro de 2011

Dame J, a voz que já não há

É uma dádiva inestimável poder continuar a ouvir cantar Joan Sutherland, com esta difícil facilidade, com esta sobrehumana humanidade.

(Nunca mais) há vozes assim.

Dame Joan Sutherland, bolero de I Vespri Siciliani, G. Verdi


P.S. Próxima viagem: Bologna, e il suo Teatro Comunale

5 comentários:

Alberto Velez Grilo disse...

Mário

Não há e nunca haverá voz tão extraordinária como a da Dame Joan.

Ainda bem que deixou muitas gravações. Nunca tê-la ouvido ao vivo é uma das minhas grandes "frustrações" no mundo da ópera.

Alberto

Mário R. Gonçalves disse...

Por mim, não sinto essa frustração, Alberto, porque a presença dela em palco não era famosa.

A voz, que é o que conta, essa ficou e o que é triste é que esta escola de canto de hoje quase só produz vozes anorexicas.

Há Didonato e Mariella e umas quantas belas vozes, mas empalidecem quando se fazem audições comparadas.

Só ganhamos na qualidade de actuação em palco.

Alberto Velez Grilo disse...

Mário

Sei que as qualidades da Sutherland como actriz eram limitadas. No entanto quando me refiro a frustração falo no aspecto vocal. É que parece que havia qualidades na voz da cantora que os microfones não captavam...

Paulo disse...

As gravações podem ser perfeitinhas e até camuflar defeitos e fraquezas, mas Sutherland ao vivo, mesmo já velhinha, era extraordinária. Já não há paciência para vozinhas.

Alberto Velez Grilo disse...

100% de acordo, Paulo...