quinta-feira, 28 de julho de 2011

portas fechadas, portas abertas

It went many years,
But at last came a knock,
And I thought of the door
With no lock to lock.

I blew out the light,
I tip-toed the floor,
And raised both hands
In prayer to the door

But the knock came again
My window was wide;
I climbed on the sill
And descended outside.

Back over the sill
I bade a “Come in”
To whoever the knock
At the door may have been

Robert Frost

Passaram muito anos,
Por fim, alguém tocou,
e eu pensei na porta
sem chave a fechar.

Apaguei a luz,
pisei o chão de leve,
e levantei as mãos
à porta, em oração

Tocaram de novo
tinha a janela aberta;
saltei o peitoril
e desci para fora.

De costas para casa
pedi "Vem, entra"
a quem veio tocar,
quem à porta bateu

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Eu vou contigo, voz silenciosa, voz serena.
Sou uma pequena folha na felicidade do ar.
Durmo desperto, sigo estes meandros volúveis.
É aqui, é aqui que se renova a luz.
António Ramos Rosa

- 5ª feira, 28 de Julho, ....

2 comentários:

Joana disse...

Belos poemas. Mas tristes!

Mário R. Gonçalves disse...

"Há um tempo para tudo neste mundo, um tempo para estar contente, um tempo para estar triste..."

Senti necessidade de exprimir aqui uma certa urgência de que se me abra uma porta nova...mais cedo ou mais tarde...

As 4 linhas finais são uma declaração de esperança!

O próximo post talvez demonstre um momento de boa disposição.

Enjoy.