Antes de mudar de assunto, mais um templo gótico - a Catedral de Rochester.
Era para visitar Canterbury mas ficava longe de mais, as estradas da zona são muito cansativas - zigzag entre sebes, muito trânsito, filas frequentes. Como andava há muito a pensar "um dia vou de Londres a Rochester de combóio", afinal foi de carro a partir de Tunbridge Wells.
A High Street tem esta aparência festiva, hiper-decorada:
Num canto, surpresa: a casinha onde Dickens se refugiou para escrever as últimas obras! É um recanto silencioso, quase mágico ...
Dickens usava este chalet suíço como estúdio de Verão, de 1865 a 1870 (morreu no quarto do 1º andar). Escreveu aqui cinco das suas obras. Mas a casa está fechada - não há dinheiro para restaurar o interior e fazer um museu.
Finalmente, a Catedral, uma das mais bonitas de Inglaterra.
O edifício foi começado em 1080, primeiros tempos da arquitectura normanda; mas a maior parte da construção é gótica do séc. XII.
Um dos órgãos:
Os tubos mais antigos datam de 1791.
O altar-mor normando-românico de transição, do séc XII, esculpido em calcário, representa a última ceia.
Fresco do séc XIII - meia Roda da Fortuna, que sobreviveu escondido atrás de um púlpito.
Vitrais do séc XIX.
Em geral as fotos de vitral saem-me mal. Esta escapa.
http://www.rochestercathedral.org
6 comentários:
Belíssimas fotos, Mário. Já estou a ficar com saudades de Inglaterra.
Gosto particularmente dos tubos do órgão.
Faço minhas as palavras da Gi, que ela não deve importar-se.
Quanto às estradinhas complicadas... fez lá falta um governo português que mandasse construir auto-estradas de e para todas as aldeolas.
Pois é, Paulo, tenho comentado isso mesmo no meu regresso. Impressiona como eles NÃO deram cabo da paisagem nem das finanças com vias rápidas à toa; mas o mais extraordinário é que naquelas estradinhas zigzagueantes, com uma só faixa em cada sentido, sem berma, ladeadas por sebes, cheias de rotundas, com tráfego intenso, camiões e camionetas - ninguém ultrapassa as 40 mph, vai tudo sempre a andar, sem congestão, àquela velocidade certinha, sem ultrapassagens malucas; são gentis com quem quer entrar de acessos laterais; e em toda a estadia vi um só acidente, e um só maluco à portuguesa.
A única coisa que me desagradou foi a mania crescente de usar a buzina nos semáforos, se se demora a arrancar,ou em andamento, se se vai devagar "de mais"; mas compreendo, em nome do colectivo...
(vou ver se coloco aqui mais tubos de órgão :) )
Deixei mais uns comentários aí em baixo, mas por alguma razão não entraram. Não sei se andarão a passear pelo éter.
Foi erro meu, Paulo. Parece que já corriji. Obrigado.
Ainda anda um perdido algures.
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