sexta-feira, 19 de julho de 2013

Kent & Sussex , II : Rochester e a Catedral


Antes de mudar de assunto, mais um templo gótico - a Catedral de Rochester.

Era para visitar Canterbury mas ficava longe de mais, as estradas da zona são muito cansativas - zigzag entre sebes, muito trânsito, filas frequentes. Como andava há muito a pensar "um dia vou de Londres a Rochester de combóio", afinal foi de carro a partir de Tunbridge Wells.

A High Street tem esta aparência festiva, hiper-decorada:

A cidade é o mais typical british que se possa imaginar, para o bem e para o mal.


Num canto, surpresa: a casinha onde Dickens se refugiou para escrever as últimas obras! É um recanto silencioso, quase mágico ...
Dickens usava este chalet suíço como estúdio de Verão, de 1865 a 1870 (morreu no quarto do 1º andar). Escreveu aqui cinco das suas obras. Mas a casa está fechada - não há dinheiro para restaurar o interior e fazer um museu.

Finalmente, a Catedral, uma das mais bonitas de Inglaterra.
O edifício foi começado em 1080, primeiros tempos da arquitectura normanda; mas a maior parte da construção é gótica do séc. XII. 

A nave é ainda normanda, românica.
Um dos órgãos:
Dos mais belos que já vi! Este está junto ao Côro.
Os tubos mais antigos datam de 1791.


O altar-mor normando-românico de transição, do séc XII, esculpido em calcário, representa a última ceia.


Fresco do séc XIII - meia Roda da Fortuna, que sobreviveu escondido atrás de um púlpito.

Vitrais do séc XIX.
Em geral as fotos de vitral saem-me mal. Esta escapa.

http://www.rochestercathedral.org

6 comentários:

Gi disse...

Belíssimas fotos, Mário. Já estou a ficar com saudades de Inglaterra.
Gosto particularmente dos tubos do órgão.

Paulo disse...

Faço minhas as palavras da Gi, que ela não deve importar-se.

Quanto às estradinhas complicadas... fez lá falta um governo português que mandasse construir auto-estradas de e para todas as aldeolas.

Mário R. Gonçalves disse...

Pois é, Paulo, tenho comentado isso mesmo no meu regresso. Impressiona como eles NÃO deram cabo da paisagem nem das finanças com vias rápidas à toa; mas o mais extraordinário é que naquelas estradinhas zigzagueantes, com uma só faixa em cada sentido, sem berma, ladeadas por sebes, cheias de rotundas, com tráfego intenso, camiões e camionetas - ninguém ultrapassa as 40 mph, vai tudo sempre a andar, sem congestão, àquela velocidade certinha, sem ultrapassagens malucas; são gentis com quem quer entrar de acessos laterais; e em toda a estadia vi um só acidente, e um só maluco à portuguesa.

A única coisa que me desagradou foi a mania crescente de usar a buzina nos semáforos, se se demora a arrancar,ou em andamento, se se vai devagar "de mais"; mas compreendo, em nome do colectivo...

(vou ver se coloco aqui mais tubos de órgão :) )

Paulo disse...

Deixei mais uns comentários aí em baixo, mas por alguma razão não entraram. Não sei se andarão a passear pelo éter.

Mário R. Gonçalves disse...

Foi erro meu, Paulo. Parece que já corriji. Obrigado.

Paulo disse...

Ainda anda um perdido algures.