O KKL (Kultur und Kongresszentrum Luzern) foi obra do arquitecto francês Jean Nouvel. Construído entre 1995 e 2000, afirmou-se como uma das mais belas, requisitadas e frequentadas salas de concerto do mundo.
Na verdade são 3 edifícios de vidro e aço, unidos sob um fantástico tecto de alumínio negro. Nouvel terá dito, preocupado com a harmonia da obra com o movimento náutico de Lucerna: “se não posso construir dentro do lago, faço o lago entrar na construção” ... e fez o projecto, junto à água e ao cais de embarque, com dois canais que entram no prédio, tornando-o mais fresco, um repuxo, e uma galeria aberta que proporciona um belo enquadramento.
O interior é tão fantástico como o exterior, rico de espaços surpreendentes, de cores e materiais, e perspectivas sobre o lago e a cidade.
Os três edifícios são o Lucerne Hall (1800 ligares), o Centro de Congressos e o Museu de Arte.
http://www.kkl-luzern.ch/navigation/top_nav_items/start.htm
O meu melhor ano em Lucerna foi 2003; tive como já disse a sorte de assistir a uma assombrosa 2ª de Mahler, que veio a ser gravada em CD, no que foi o 1º ano de Abbado à frente da sua Orquestra:
Assisti também a um inesquecível recital de Cecilia Bartoli, divertidíssima, acompanhada singelamente pelos músicos do “Le Musiche Nove”, e não me lembro de tão elevada qualidade acústica em qualquer outra sala; estava eu nessa altura de cadeira de rodas...o que me garantiu um lugar de luxo !
O Festival de Lucerna tem duas épocas - Páscoa e Verão. Há também um festival de piano.
No Verão, o ponto alto são os concertos com a Luzern Festival Orchestra, dirigida por Abbado, os recitais líricos (Bartoli foi assídua) e as orquestras e maestros convidados (este ano, Simon Rattle com a Fil. de Berlim, nas Estações de Haydn !!!). Na Páscoa o ambiente é mais de câmara ou barroco - Harnoncourt tem sido recorrente - mas também há classicismo e Mahler.
5 comentários:
Mário
Que tal a voz da Batoli? É pequena como dizem?
Um abraço
Pequena? Eu não diria isso. Em gorgeios é imbatível - daí o sucesso com Vivaldi, Salieri, os castrati, etc. A ginástica vocal é alucinante. Mas a voz vem quase só da garganta, falta-lhe caixa de ressonância. Mesmo assim, fez uma excelente Cenenterola ! Em Lucerna, tinha um programa variado de árias e lieder, a que deu muita vivacidade e colorido, a afinação da voz é perfeita e os ágeis floreados casam bem com pequenos grupos instrumentais.
Claro que nunca será uma Wagneriana!
Caro Mário, era precisamente isso que eu queria dizer com pequena. Não necessariamente um defeito.
O que tenho ouvido é que algum público, e não nos esqueçamos que a Bartoli é uma opera star, fica um pouco desiludido com a falta de volume vocal porque está habituado à Bartoli dos CD.
Já agora, em Madrid há um recital com a senhora e os preços são o dobro dos dos outros recitais que incluem a Damrau, a Fleming a Gruberova e a Cioffi. Acho que não é merecido.
Um abraço e parabéns pelas fotografias do KKL
Se a ética e a estética governassem as coisas, a Bartoli não teria maior cachet que a Damrau ou a Gruberova; a Fleming também é muito bem paga!
Mas como o que manda é a imagem pública, tanto a Fleming como a Bartoli têem quem trate muito bem de marketing e saiba valorizar qualidades físicas tanto como as vocais...
Nem mais.
Por isso vou tentar is ver a Gruberova
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