"O nascimento do menino Jesus ilumina de alegria os vossos lares e corações" - Papa Bento XVI
O horrendo estandarte que substitui os (esses sim) divertidos Pais Natais só me causa uma tristeza funda. O Natal foi aproveitado pelos cristãos para substituir as festas pagãs. A narrativa bíblica tem certamente grande beleza e significado cultural e histórico, faz parte da matriz europeia em que me insiro; mas também a árvore de Natal nórdica, o Santa Claus, a celebração da neve e da noite invernal, fazem parte dessa matriz; e para um não crente como eu, a história dos sapatinho, ou das meias, das renas e do trenó voador, das prendas a descer pela chaminé tem com certeza mais encanto e uma imagem positiva de divertida ficção e de bem-estar mais adequada ao imaginário de crianças.
Apesar da tradição cristã europeia, que inspirou na Arte uma grande parte da herança clássica (música, pintura, literatura), hoje vivemos uma era onde o horrendo estandarte traz uma imagem de decrepitude, obsessão, mentira, corrupção, fealdade e miséria. Tudo o que o Natal não deve ser.
P.S. Não gosto nada do livro do Saramago
4 comentários:
Também acho este estandarte de um mau gosto atroz...
Mas a Igreja Católica tem que ir puxando a brasa à sua sardinha :)
PS: Adorei o livro do Saramago, é bem divertido.
Feliz Natal Mário
Alberto,
Boas festas para si e para os seus, tudo de bom e coragem para ultrapassar a tristeza de que falou no "Outras Escritas".
Quanto ao Saramago, tenho uma reacção à flor da pele que me faz não gostar mesmo antes de ler. Li. E continuo indiferente ao sentido de humor dele, lamento. Talvez seja problema meu.
Pois Mário é um ponto de vista. Eu como crente vejo o Natal de forma um pouco diferente embora também lhe confesse que em muitas muitas coisas me distancio da igreja católica apostólica romana ... a igreja não nos esqueçamos é uma construção humana e como tal ... Boas festas e que 2010 seja um ano fantástico.
Obrigado, Fernando. Um 2010 excelente para si também, abundante em coisas boas.
Sim, a igreja é imperfeita por ser construção humana. E nós, humanos, que não somos construção humana, somos perfeitos? Ou somos a mais imperfeita das criaturas? E contudo...
Enviar um comentário