Não é invulgar que um músico tenha uma fixação numa obra, e se torne especialista quase exclusivo nela. Como Gilbert Kaplan com a 2ª de Mahler, Gould nas Goldberg, Colin Davis em Berlioz, Tom Koopman em Bach...
Não será um caso tão extremo, mas o que Renée Fleming melhor cantou e como ninguém, várias vezes, foi a Canção à Lua da Rusalka.
E vale a pena ouvi-la mais que uma vez, e acompanhar a evolução da voz, descontando a qualidade variável do som gravado. Voz de ouro, voz de seda, ei-la no seu melhor. Passatempo de fim-de-semana :)
Na Gala Tucker, 1991
Em Tóquio, 2001
Numa récita da Rusalka, Paris, 2002
Em Praga, 2002
A encerrar os Proms, em 2010
E ainda há Atenas 2009 ...
A minha perferida? Entre Tóquio e Praga, talvez Paris...
Trad. inglesa:
Silver moon upon the deep dark sky,
Through the vast night pierce your rays.
This sleeping world you wonder by,
Smiling on men's homes and ways.
Oh moon ere past you glide, tell me,
Tell me, oh where does my loved one bide?
Tell him, oh tell him, my silver moon,
Mine are the arms that shall hold him,
That between waking and sleeping
Think of the love that enfolds him.
May between waking and sleeping
Think of the love that enfolds him.
Light his path far away, light his path,
Tell him, oh tell him who does for him stay!
Human soul, should it dream of me,
Let my memory wakened be.
Moon, oh moon, oh do not wane, do not wane,
Moon, oh moon, do not wane...
sábado, 10 de março de 2012
A Fleming cantando à Lua
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4 comentários:
Que maravilha Mário.
A Fleming tem uma voz incomparável, com um timbre muito próprio e sensual... ideal para esta ária.
Gosto de todas as interpretações. Destaco talvez Paris e Praga.
Um abraço
Falta aqui a Canção à Lua da Gulbenkian, em dois mil e ...
2004, Paulo, não consegui ir, lembro-me bem :(
Houve quem ficasse em êxtase...
Gosto muito de a ouvir nesta ária.
Como não percebo nada de checo, a dicção dela não me perturba, e o som é magnífico.
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