sábado, 19 de maio de 2012

Castelo Mendo

Comecei o passeio de Primavera por uma paragem nesta aldeia beirã, outrora vila muralhada. Fundada e desenvolvida no reino dos Sanchos, foi com D. Dinis, em finais do séc XIII, que alcançou maior importância, pela posição estratégica fronteiriça. A feira franca de Castelo Mendo era a maior das redondezas. A paz com Castela acabou aos poucos com o protagonismo da vila.


Depois de muitos anos ao abandono, só com a classificação como Aldeia Histórica se revalorizou um pouco; embora sem "monumentos", é um encanto para os sentidos percorrer as suas ruas estreitas, entre casas de pedra, algumas com escadaria ao 1º andar.



Brota verdura em todos os interstícios - nas soleiras, nas pedras da calçada, nos degraus - e não faltam vasos à porta e nos parapeitos. Nesta época do ano, entre vários chilreios - andorinhas esvoaçando constantemente - e perfumes - gerânios, tomilho, alfazema - a limpeza absoluta das fachadas e da calçada ressaltava a rude pureza da pedra.


Ao dobrar as esquinas, há sempre mais uma perspectiva - uma janela, uma chaminé, um candeeiro, um jardim.

A casinha onde pernoitamos era de conto de fadas, uma casa de bonecas, térrea, de porta e janela vermelha e com jardim em frente, numa curva desnivelada com escadaria. Um postal. A Casa do Corro.

E o Côa, ali tão perto.

3 comentários:

Moura Aveirense disse...

Adoro estas aldeias portuguesas! :)

Mário R. Gonçalves disse...

São um bálsamo anti-depressivo, sobretudo na Primavera! E depois a simpatia, os sorrisos, os convites para entrar e beber um copito com presunto, a lentidão do viver, café a 45 cêntimos :)...

Paulo disse...

Nunca lá estive, mas as fotos abrem o apetite.