Quem ler a lista de intérpretes, orquestras e directores convidados fica entusiasmado. Nem precisava de exemplificar, mas Rattle, Herreweghe, Zinman, Koopman, McCreesh, Blomstedt, à frente de orquestras de topo, e DiDonato, Mattila, Kissin, Uchida, são cartaz de luxo em qualquer parte, prometendo experiências musicais superlativas.
Mas mesmo na "prata da casa" há muita variedade e abundância, de quem esperar bastante e de quem não esperar grande coisa.
O balde de água fria vem com as peças que constituem alguns programas. Ou são demasiado triviais, muito déja vu, ou são demasiado adstringentes. Logo à partida, com Debussy a ser comemorado, compositor por quem tenho alguma aversão. Rattle e a Berliner só valem pela 3ª de Schumann. Mattila só vale pelas 4 canções de Strauss. Maris Janssons e o Concertgebow trazem uma noite chatérrima. Viktoria Mullova vem com músicas do mundo, ou seja, mais ou menos, lixo. A integral da sinfonias de Brahms casa sempre com um resto de programa intragável...
Saliento então as minhas escolhas:
1 - o ciclo de Piano é fabuloso:
- Evgeny Kissin, 18 de Outubro, programa soberbo (Haydn, Beethoven, Schubert, Liszt)
- Grigory Sokolov, 11 de Novembro , idem (Rameau, Mozart)
- András Schiff, 2 de Dezembro, Schumann e Beethoven
- Elisabeth Leonskaja, 26 de Janeiro, Schubert
- Murray Perahia, 3 de Abril, mesmo às cegas !
2 - Seis grandes concertos:
- Joyce DiDonato, Il Complesso Barocco, Alan Curtis , 2 de Fevereiro
Drama Queens
prevê-se dificuldade para arranjar bilhetes...
- Herreweghe, Orchestre des Champs-Élysées, 5 de Fevereiro
Haydn, Beethoven
- Tom Koopman e a Amsterdam Baroque Orchestra, a 4 de Março, trazem uma obra admirável de Telemann, a Donnerode, a não perder.
- O grande Herbert Blomstedt vem tocar Beethoven com a Gustav Mahler Jugendorchester dia 16 de Março. Ao piano Leif Ove Andsnes. Deve ser memorável...
...tal como a 17 de Março, com a 4ª de Bruckner !
... e a 18 de Março, Mitsuko Uchida com Mozart ! que 3 dias fabulosos!
16-17-18 de Março de 2013, Lisboa, FCG, ui!
Falta Zinman, ainda sem programa.
Last but not least, abundantes transmissões live do MET opera, todas provavelmente magníficas, um serviço público de excelência.
Vamos lá a ver se consigo alguma coisa em 2013, que este ano já está "esgotado".
quarta-feira, 30 de maio de 2012
Gulbenkian 2012/13: ai, os programas...
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5 comentários:
Mário, concordo consigo nos considerandos.
E para quem ainda não está reformado ;-) e mora longe, certos dias não são possíveis porque o trabalho não o permite - o que é mau e é bom, ou não se fazia mais nada...
Se vivesse em Lisboa, não perderia....mas ir lá de propósito não.
Será que sobrará alguma pérola para nós na CdM?
J'en doute.
Resta-nos o Youtube, o Mezzo e o Brava!!!
Obrigada pela info. Fico sempre de boca aberta perante tanto conhecimento de música. Tem a certeza de que era professor de Matemática???
Gi,
Pois é, Maio é um mês mau. Mas eu conseguia uma mini-férias, à custa de "doenças súbitas", quando queria mesmo ir a algum lado...
Anyway: os bilhetes vão esgotar num ápice, logo... estão verdes, não prestam...
Virgínia,
Credo, que exagero. Já tenho a mania da música desde os meus 15, depois virei para a clássica antes dos 30, por isso são só muitos anos de prática, nada de abrir a boca ! :)
Também estudei uns livros sobre Música e Matemática, é verdade. A ponte existiu sempre.
Ah, e quanto à CdM, sugiro 2 concertos que prometem:
a 14 de Setembro,
Beethoven: Sinfonia nº 8
Hector Berlioz: O Rei Lear
Antonin Dvorák: Sinfonia nº 7
(sobram poucos bilhetes)
a 1 de Novembro
Les Talents Lyriques
Christophe Rousset, cravo
F.Couperin: Les Nations
(ainda há muitas vagas)
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