terça-feira, 18 de dezembro de 2018

A noite mais longa, a noite das Boas Festas


A partir desta altura, o Ártico está sob noite permanente, quando muito com um ténue clarão que só dura minutos. Viver meses seguidos na escuridão - a acrescentar ao frio, vento e neve - é coisa que hoje ninguém aguenta, nem os povos nativos das regiões polares já acostumados a algum conforto; agora há aquecimento e iluminação, lojas e cafés, alguns hotéis. E muitas aldeias têm a sua árvore de Natal para comemorar não se sabe bem o quê, sabe-se que é uma festa sazonal, sabe-se que luzes acesas combatem a depressão da longa noite, sabe-se que se aproxima a mudança de ano e depois, em Fevereiro, o sol reaparece. E dar prendas também agrada, é sempre reconfortante.


Na Escandinávia, o Yule (Jul) já se comemorava ao tempo dos Vikings, com muita comida e bebida, talvez para armazenar energias. A prenda mais esperada eram troncos de árvore para lenha, que não abundava. Mas na Gronelândia não há tradições nenhumas de Natal entre os nativos Inuit. Então porquê a árvore, mesmo 'pobrezinha', importada forçosamente num país onde não as há?

Kangaamiut, Gronelândia, 65º N

Acontece que a festa aproxima do resto do mundo, é bonita, aquece a alma e quebra tanto a brancura gelada como o negro da noite - quando não há luar, claro, pois a noite ártica com luar é bem luminosa!

Correio do Pai Natal em Uummannaq, 70º N. Imensas cartas para tão pequena população.

Já em Sisimiut, 67º N, uma árvore mais vistosa teve direito a Pai Natal de guindaste e tudo, perante a aldeia em peso. Lindo de ver.

Yuletide ou Natal , que tenham muito Boas Festas os que aqui aparecem.


 

1 comentário:

Fanático_Um disse...

Lindo de ver e de saber. Obrigado .