Visita de três dias a Amarante, já com as luzes de Natal.
A vila não tem tido desenvolvimento nem melhorias visíveis, para além de mais dois cafés e outros tantos restaurantes. Em termos de ordenamento urbano, tudo na mesma, feio e desordenado.
Linda está a Igreja de S. Pedro (sim, que a 'outra' é horrível), barroca tardia, construída à cota alta em 1727. Foi totalmente restaurada, está um brinquinho.
Belos estuques no tecto.
O órgão de tubos, também recuperado.
Decorria uma aula de órgão. O som pareceu-me excelente - cheio, afinado, bons graves.
Coro alto.
Estuque esvesdeado à volta das janelas
Onde Amadeu de Souza-Cardoso reina é que as coisas estão bem pobrezinhas. No museu, a loja não existe, é só uma vitrina de quase nada; cafetaria nem pensar. E de Amadeu, que é ao que lá se vai, muito pouco - anda tudo emprestado em itinerâncias. Puseram lá então, ´para encher', uma coisa chamada "Os Modernistas – Amigos e Contemporâneos de Amadeo de Souza-Cardoso" que acolhe uma boa amostra do lixo que se fez em Portugal na primeira metade do século XX. Galeria de horrores, a sério ! Paredes e paredes de obras entre o feio e o irrelevante, muitas delas mais modernas, de autores que nem sequer eram contemporâneos de Amadeu.
Do espólio do Museu, há Mily Possoz, há esculturas e há três ou quatro quadrinhos de Amadeu, que valem a visita. Começo pelas esculturas.
Barata Feyo, Irene Vilar
Lagoa Henriques, Figura
Artur Moreira, Paisagem com Escadas (2003)
Lembra-me Meteora e os mosteiros ortodoxos suspensos.
De Mily Possoz, a quem já aqui dediquei um post:
Aqueduto de Águas Livres com vista para a estação de Campo Lide (detalhe)
Além do Museu, houve outra coisa magnífica, obra de outro artista, que muito me agrada contemplar e tocar: árvores ! À beira- Tâmega, centenárias, lindíssimas.
Belas esculturas !
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