sábado, 11 de julho de 2009

Não sei se notam que troco letras...

É, muitas vezes sai ç em vez de l, r em vez de t, s em vez de a...

Peço desculpa, não é por ser nabo ou trapalhão (sou), mas vejo bastante mal o teclado do laptop, desde que fui operado a um descolamento de retina. No écran é fácil aumentar o tamanho da letra ou fazer zoom. O maldito teclado é rígido.

Ler jornais é um inferno, ler livros é com lentes especias de aumento que cansam a vista. Mal por mal, prefiro passar tempo na NET com trocas de letras e tudo.

Enfim, Schlummert ein, ihr matten Augen...



Divino não é, este David Daniels ? o melhor alto da actualidade...

14 comentários:

Moura Aveirense disse...

So, so, IMHO... Aprecio muito mais Scholl e Jaroussky, o Daniels soa-me demasiado forçado em alguns registos.

Boas melhoras!

Moura Aveirense

Reflexos disse...

Pois, é muito complicada essa questão da retina. O meu marido padece do mesmo problema e queixa-se constantemente que os jornais e livros tem letras muito pequenas.

Mesmo em casa não se podem mudar as coisas de lugar muitas vezes porqeu ele vive muito da memória visiual e também adora música

Mário R. Gonçalves disse...

Gi,
Thanks for the comment, pelo menos há quem me compreenda :-)
Só não percebo porque não há cura para isto, um transplante de retina ou qq coisa assim...

Por outro lado, ah ah :D apanhei a Gi a escrever "visiual"... nem eu faria melhor...

Mário R. Gonçalves disse...

Moura,

Eu sei que o Jaroussky tem muito sucesso com as senhoras, é muito charmoso...quanto ao Scholl, de acordo, insuperável no seu reportório, mas não faz ópera como o Daniels, nem Bach. E não é nada forçado, o Daniels tem é um timbre diferente, para mim mais expressivo.

Tudo, claro, IMHO.

Saudações Porto-Aveiro.

Alberto Velez Grilo disse...

Caro Mário

Não sendo eu grande apreciador de contra-tenores (há sempre qualquer coisa que me parece falsa nas suas vozes, falsa e não falsetto), devo dizer-lhe que concordo consigo no que se refere ao Daniels. De entre os três referidos é o que mais interpreta ópera à séria e o qu eme parece ter uma voz mais cheia a consistente.

Quanto às suas trocas de letras, acho que os seus leitores convivem muito bem com elas... escreva sempre.

Abraço

Mário R. Gonçalves disse...

Sim sim, é isso mesmo. Falou quem sabe...

O Daniels na Theodora de Handel é mesmo excepcional.


Também não aprecio mais os contratenores que os contraltos femininos. Mas Daniels nunca me desilude. Tem um grãozinho, é verdade, mas consegue uma expressão dramática com que os outros nem sonham.

Gi disse...

Gosto de contratenores, quando são bons, claro, e não vou escolher entre os três. Noto apenas que Jarousski tem uma voz de menino, que me parece mais natural, se isso é possível, e que imagino mais semelhante à dos castrati.

A Reflexos também é Gi?

As melhoras dos seus olhos cansados, Mário. O descolamento foi bilateral?

Reflexos disse...

Não, Gi, a Reflexos não é Gi.
Mas é a Reflexos quem troca muito as letras a escrever...
daqui a uns tempos algué virá dizer que é uma forma de dislexia ligada às tecnologias ;-)

Mário R. Gonçalves disse...

Cara Gi,

Concordo que o Jaroussky tem voz de menino - lembra-me aqueles contraltos de coro de Oxford ou Cambridge, angelicais, etéreos.

O meu descolamento foi só no olho esquerdo. Fiquei manco da vista. Provavelmente via melhor com uma venda à pirata.

Não consigo imaginar o que seria um bilateral. O fim de tudo.

Paulo disse...

Se também me é permitido deixar aqui a MHO, dos três contratenores continuo a achar o Jaroussky o menos interessante. Pode ser dono de uma técnica soberba, mas não me faz pele de galinha como o Daniels ou o Scholl nos seus melhores momentos.

Paulo disse...

Ah, um P.S. para a Moura, com quem já debati o caso Jaroussky: bem sei, bem sei que é fã, mas eu continuo a não achar graça àquele virtuosismo em voz de menino.

Mário R. Gonçalves disse...

Permitido, caro Paulo? Ora, é sempre bem vindo!

Parece que o Jaroussky é mesmo fracturante...embora contra mim falando, convém lembrar que ainda é novo e a voz pode ganhar com a idade madura. Penso que aconteceu com o Daniels -até aos 30 tinha uma voz imatura, uma ou outra nota desagradável, mas aprendeu a controlar e agora é um prazer ouvi-lo incarnar personagens dramáticos - e não só, acho este Bach do meu post muito superiormente interpretado.

Portanto, senhoras, não desanimem...

Moura Aveirense disse...

Mário, quanto ao Jaroussky ser charmoso, não sei.... não faz o meu género. Em árias lentas, ele é francamente o meu favorito. Nas árias rápidas, ainda lhe falta alguma técnica.

Paulo, nem isto lhe faz pele de galinha? :) Por acaso, o Daniels já me fez "pele de galinha", sim... aos nervos, com aqueles agudos um tanto desafinados, em algumas árias... espero, sinceramente, que esteja melhor ultimamente. E no concerto com a Kozena na Gulbenkian, viu-se, ele foi totalmente ofuscado por ela. Mais uma vez, IMHO, não levem a mal.

Um bom dia, Moura Aveirense

Paulo disse...

Obrigado, Moura. Gostei muito das cordas.

Agora a sério: O rapaz não está mal, mas não me deixa com pele de galinha.
O Daniels na Gulbenkian teve algumas dificuldades (tem-nas por vezes em árias de bravura, onde o Jaroussky parece ser excelente - técnica ou agilidade), mas o Pur ti miro foi maravilhoso. Não troco o melhor de Scholl (que também tem alguns problemas) ou de Daniels por nada do Jaroussky. Deve ser uma questão de timbre ou pura empatia.