Pois é, o mal das reservas são as surpresas de última hora. Só agora pude voltar ao Via Stellae, no encerramento, e confesso que gostei mais da abertura. Não é que Kasarova seja uma das vozes que mais me agradam, pelo contrário, mas nunca a tinha ouvido ao vivo e sabia que não desafinava, não esganiçava. Por isso reservei. Mas por doença, hélas, teve que cancelar e foi substituida pela romena Elena Mosuc, por mal dos meus pecados. A Mosuc está em 2 youtubes, um deles a Rainha da Noite da Flauta Mágica, que já não prometiam grande coisa. Ao vivo foi bastante mazinha. Deu cabo do Exultate Jubilate de Mozart com umas esganiçadelas nos agudos e um timbre desagradável, pior ainda nas árias do Giovanni.
Bom, a orquestra era excelente e a parte dedicada a Haydn esteve óptima: a nº 22 O Filósofo e a nº 101 O Relógio , embora já muito ouvidas, foram interpretadas pela Kammerorchester Basel "comme il faut", ou não fossem alemães: cordas assombrosas, tempi a tender para "da época" com a devida utilização do arco agógico. Acho que os instrumentos eram modernos, mas souberam utilizá-los com "secura", sem rubato - os metais pareceram-me antigos. Digamos que seguiram o modelo Harnoncourt.
Estou arrependido de não ter ido assistir ao Idomeneo em versão de concerto por Minkovsky + Musiciens du Louvre. Parece que foi muito bom, e o canto nesta ópera é mais importante do que a encenação. Paciência.
Pelo que sei, o saldo do festival foi super-óptimo (auto-avaliação satisfeita), 25 000 espectadores. Para o ano há mais.
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2 comentários:
Oh Mário
Que pena que não tenha gostado da Mosuk. É que eu gosto dos vídeos que há dela no youtube.
Um abraço
Obrigada pelas críticas, Mário. Fico com esperança de no próximo ano poder ir.
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