terça-feira, 29 de setembro de 2009

Mudanças climáticas: cada vez menos certezas

Afinal, os desertos recuam e dão lugar a verdura nos trópicos, chove como nunca nos países áridos e ... batem-se recordes de frio na Gronelândia! Tudo às avessas das previsões pessimistas dos que garantem estar em causa um aquecimento global, e pelo contrário tudo de acordo com os cientistas que há muito dizem que, numa larga escala temporal, atravessamos um período glacial.

1. Quando o deserto recua

Esta semana, com os lideres mundiais reunidos por causa do aquecimento global, não faltaram inundações no sul de França, em Istambul, na Grécia. Onde estão as secas catastróficas previstas para o sul de uma Europa em processo de desertificação?

Ainda mais estranha é esta tendência constatada por cada vez mais estudos: o deserto está a recuar! Imagens de satélite ao longo dos últimos anos mostram que o Sahel - toda a região central do Chade e oeste do Sudão - começa a verdejar. E não são uns ramozitos raquíticos que a primeira tempestade de areia transforma em erva seca. Não - são belos arbustos , acácias, e pastagens muito respeitáveis.



Os nómadas da região confirmam: nunca choveu tanto no Saara ocidental, que era uma região verdejante há 6 000 ans. O excesso de CO2 poderá trazer uma recolonização vegetal do Saara.

2. Na Nigéria, árvores e cereais fazem recuar a areia

Nesta região abafada em poeira, muito tempo vista como terra desolada e estéril, milhões (!) de árvores florescem. Um simples mas cuidado tratamento e abundantes precipitações permitiram o crescimento de árvores numa área de 7.4 milhões de acres. Desde há uns 30 anos, a Nigéria começou a ser muito mais verde.

http://www.acme-eau.org/Au-Niger,-Arbres-et-Recoltes-font-reculer-le-Desert_a1350.html

3. Inverno em Setembro


Na semana passada, no topo da capa de gelo da Gronelândia estavam 41º negativos. Em Setembro, é muito baixo. Pode ter sido uma invulgar baixa pressão, que também afectou a capital Nuuk, no litoral sul: uma violenta tempestade de neve, com 10º negativos de noite, estragou as habituais actividades ao ar livre nos Dias de Cultura de Nuuk em Setembro. Estranho aquecimento.

Consultar ainda:
http://p6.hostingprod.com/@treks.org/arcticthe.htm

6 comentários:

Moura Aveirense disse...

Não se trata apenas de aquecimento global, Mário. Tratam-se principalmente de alterações dos padrões do clima, nomeadamente pela existência cada vez mais frequente de fenómenos extremos. Principalmente desde a Cimeira de Montreal em 2005 que é aceite pela comunidade científica e política(obviamente, existem sempre os cépticos, como em qualquer assunto...) o conceito de que as actividades humanas têm de facto uma influência substancial sobre o clima. Para mais informações, leia os relatórios do IPCC , por exemplo.

Uma boa noite, Moura Aveirense

Mário R. Gonçalves disse...

Moura,

Ninguém põe em causa que há alterações do padrão climático - mas sim que as alterações em curso sejam consequêcia do efito de estufa, CO2, etc; pelo contrário, há muitas vozes reputadas e estudos incontestados que mostram estarmos numa fase cíclica de glaciação, i.e., período frio - e não quente.

Ninguém põe em causa que as actividades humanas influenciam o clima - pelos vistos, a maior influência foi quando se iniciou a criação intensiva de gado...há muitos séculos. O que se põe em causa é a influência milesimal das medidas que se possam tomar pondo em causa o crescimento económico, quando à escala macro é a a própria natureza - Sol e Terra - quem define o clima.

E portanto, como no passado, cabe às espécies vivas adaptar-se, e não combater quixotescamente por uma causa perdida.

Isto NÃO é a minha posição - ainda não tenho, só dúvidas - é o contraponto do que a Moura estabeleceu como "aceite pela comunidade científica e política" e que eu classifico, como de costume, de "tretas".

Se vamos incluir tudo o que não se coaduna com o modelo "pessimista" dessa comunidade na categoria de "fenómenos extremos", estamos contra o verdadeiro espírito científico a criar uma tese incontestável que auto-justifica todas as contraprovas. Por mim, aceito estes testemunhos dissonantes como fonte de dúvidas no modelo "aceite pela comunidade científica e política".

Abraço, obrigado pela polémica

Gi disse...

O Mário deixou no comentário acima um resumo do que também tenho lido, e as dúvidas com que tenho ficado, já que não tenho conhecimento suficiente dos factos para ter mais do que dúvidas.
É horrível, não é? sentirmo-nos ignorantes e manipulados todos os dias. Descobri este site acerca das pseudo-informações que os jornais debitam diariamente e pareceu-me curioso.

Mário R. Gonçalves disse...

Recomendo H.H. Lamb, “Climate history and the modern world.”

Tb. um belíssimo e muito bem ilustrado documento em

http://p6.hostingprod.com/@treks.org/arcticthe.htm


(ver o ponto 4.2. Climate variations over the last 20,000 years)

Mário R. Gonçalves disse...

Parece-me que o link ficou incompleto no comentário anterior; publiquei-o no final deste post.

Moura Aveirense disse...

Que os jornais distorcem muita da informação que os cientistas lhes transmitem, isso sem dúvida! Então sobre as alterações climáticas, poluição atmosférica e o buraco da camada de ozono, os erros são inúmeros!

Documentos fidedignos: todas as publicações do IPCC e, em português, os livros do projecto SIAM .

Enjoy,

Moura Aveirense