Em solidariedade com o Garden of Philodemus, transcreve-se da notíca do Público de hoje:
"Guimarães exclui tourada das festas da cidade
As Gualterianas (...) vão deixar de contar com uma corrida de touros no programa. A decisão é «um sinal de modernidade» , assume o Presidente da Câmara, António Magalhães (...)"
Bem-vinda modernidade; é de pequenos sinais assim que se pode fazer mais civilização.
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Guimarães na vanguarda
o fim das touradas
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4 comentários:
Também li essa notícia, Mário, e fiquei muito contente.
Mesmo em Espanha, em cidades onde as touradas são tradição, já há muita gente a manifestar-se contra, e lembro-me que o Parlamento Catalão ficou de discutir a sua proibição.
Parabéns ao pessoal do norte onde se começam a dar estes sinais.
Obrigada pela solidariedade :-)
A ir avante a proibição na Catalunha será uma grande vitória. Como já o são esses sinais que chegam do Minho.
Resta saber se o que motivou a decisão foi o reconhecimento de que os animais não humanos têm alguns direitos que são violados pela tourada ou se foi apenas a vontade de parecer moderno.
A vontade de parecer moderno leva muitas pessoas a dizer que sim a todas as causas que pareçam politicamente correctas, mas sem discutir a sua substância.
A tourada é um espectáculo imoral e, por isso, ainda bem que essa decisão foi tomada em Guimarães. Mas antes de elogiar as pessoas que a tomaram talvez valha a pena ficar atento a outras medidas a favor dos animais não humanos. Por exemplo: que pensará o presidente da Câmara acerca do modo como os frangos são criados nos aviários da região?
Carlos,
eu costumo distinguir entre duas situações: as de luta pela sobevivência ou pelo bem estar (matar moscas ou ratos, ou frangos para alimentação) entre as espécies, em que " o Homem é a medida de todas as coisas"; e as de boçalidade pura em que se conjugam a imoralidade do negócio (touros, touradas, toureiros) com a grosseria do espectador que jubila na bancada com a violência na arena.
Acho que esta última situação é mais chocante pela sua inutilidade e pelo sinal de cretinice explorada e promovida mediaticamente. Lembra demasiado o gosto de certas pessoas em assistir a fuzilamentos, lapidações, ou mesmo a acidentes de estrada com vítimas.
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