Lucerna tem desde há muito o melhor dos festivais de música clássica, IMHO. Outos terão melhor programação, e sobretudo terão ópera, que em Lucerna falta; mas não há melhor sítio nem altura para assistir a todas as estrelas actuais do universo musical concertante.
Acabo de receber o programa em papel para este ano, ano de crise dizem, e eis uma amostra, longe de exaustiva:
Claudio Abbado, claro, Bernard Haitink, Mariss Jansons, Simon Rattle, Phillip Herreweghe, Valery Gergiev, Franz Welser-Möst, Pierre Boulez, Lorin Maazel, Vladimir Jurowski, Ricardo Chailly - nos directores de orquestra. Falta quem ?
Ao piano, Murray Perahia, Maurizio Pollini, Pierre-Laurent Aimard, Radu Lupu, Helène Grimaud.
Nas vozes, Anna Larson, Sara Mingardo, Bernarda Fink, Cecilia Bartoli, Anja Harteros, Elina Garan
ča, Jonas Kaufmann, René Pape...
Seria mais fácil fazer uma lista de ausentes.
Já na programação, não é uma ano que me atraia particularmente. Dominado pela 8ª de Mahler (de que não gosto), obras de Gubaidulina, muito Schoenberg, e algumas interpretações no mínimo estranhas - até tremo de pensar em Helène Grimaud a tocar o 1º concerto de Brahms ! Brrr.. - , terá como pontos altos Haitink com a Filarmónica de Viena ( e
Perahia) e Chailly com a Gewandhouse de Lepizig.
Eu, este ano, contento-me com Londres e Veneza, em vôos e estadia baratos, e bons concertos acessíveis. Se tudo correr bem. Só tenho "pena" que a
Maria João Pires, no Barbican, já esteja esgotada. E que o
La Fenice ande muito por baixo em qualidade e muito por alto em preços.