domingo, 4 de julho de 2010

Guitarra, insisto

Parece que há poucos apreciadores de guitarra clássica por aqui, o que nem admira, mas além do ártico, da ópera, de Haendel e Brahms e Mahler, de Borges e de Blake, de John Wayne e do pudim francês da minha mãe, guitarra clássica é outra das minhas paixões. De adolescente.

John Williams veio há uns anos quase anonimamente à Casa da Música tocar na pequena sala 2 - apinhada - e garanto que nunca tinha ouvido tocar tão bem seja lá o que fôr. Nunca tinha visto uma coordenação cabeça - dedos - instrumento tão alucinante. Nunca tinha ouvido uma sonoridade de um instrumento solo que me enchesse de tão variadas sensações, de tanta riqueza de harmónicos, de rubatos, de vibratos, de uma impossível velocidade de execução.

Também Julian Bream tinha, ainda há mais tempo, feito o mesmo por mim no Casino da Póvoa, a tocar Bach sobretudo...

Em homenagem à guitarra, John Williams no Alhambra
Bach, Preludio da suite para alaúde nº4


Já agora: a versão para alaúde é do próprio J. S. Bach!

3 comentários:

Fernando Vasconcelos disse...

Eu gosto ! A guitarra clássica transmite sensações diferentes dos restantes instrumentos de cordas, não sei explicar. É algo mais básico, mais "da terra". Talvez seja por influência da nossa cultura não sei ...

Mário R. Gonçalves disse...

Ah, um apreciador! Obrigado, Fernando.

Penso que "lá fora" apreciam mais do que cá, são frequentes concertos de guitarra clássica para um público em geral entusiástico.Em particular, na Ásia! Os japoneses (outra cultura!) são incondicionais.

Gi disse...

Não sou grande apreciadora de guitarra, mas a boa música é boa em qualquer instrumento (não estou a falar de vuvuzelas).