Ando há tempos a ler Shroud (mortalha, sudário) de John Banville. É obra. Nunca mais acabo porque tenho que reler não sei quantas vezes a mesma frase, o mesmo parágrafo, a página anterior, para saborear por inteiro uma escrita tão rica de leituras e subleituras, tão densa, polissémica e perturbante, que não vejo mais nada que se lhe compare a não ser, talvez, Shakespeare ou Borges.
Não vou acabar tão cedo, e já tenho outros Banville em espera. Qual Roth, Saramago, ou McEwan - Banville, sim, é o maior escritor contemprâneo.
"All my life I have lied. I lied to escape, I lied to be loved, I lied for placement and power; I lied to lie. It was a way of living; lies are life's almost-anagram."
Lies are life's almost-anagram ???!!!
quarta-feira, 24 de março de 2010
Shroud de John Banville
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5 comentários:
Ah, mas o f que falta faz alguma diferença. Ou não?
Talvez não, Gi, talvez a diferença seja menos que um simples "f"; como Banville diz mais à frente,
"We set up a word at the point at which our ignorance begins, at which we can see no further, e.g., the word "I", the word "do", the word "suffer": - these are perhaps the horizon of our knowledge, but not "truths".
The word "life", digo eu.
Lá vou eu, parece-me, à procura do Banville :-)
Gi,
Aviso: apesar de um humor mordaz, "boa disposição" não é um dos benefícios a tirar do livro :(
Mário, já encontrei na amazon.co.uk, e lá também dão a entender isso.
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